A
primeira vez que ouvi falar - ou que li - sobre Aby Warburg foi no livro de um professor do
Instituto de Artes da da Unicamp, A primeira vez que ouvi falar - ou que li -
sobre Aby Warburg foi no livro de um professor do Instituto de Artes da da
Unicamp, Etiene Samain, no livro Como pensam
as imagens (Ed. Unicamp, 2012).
A
Folha de SP de 7 de maio de 2017 traz uma reportagem escrita por Norval
Baitello Jr., historiador de arte e autor do livro A Era da Iconofagia,
em parceria com Leão Serva intitulada: No
princípio era a imagem: o alemão que resumiu a história sem palavras.
Haverá. Nos dias 10 e 11 de maio, um colóquio internacional em São Paulo sobre
o trabalho de Warburg.
O
que nos interessa, no momento, é dizer que ele elaborou um “Atlas”
composto de 63 painéis com imagens coladas de forma semelhante ao que o
Google traz quando buscamos imagens e sobre o projeto da empresa intitulado Experiments,
cuja proposta é utilizando uma supercâmara para fotografar obras de arte dos
museus.
Seus
painéis funcionam com imagens
organizadas pela “boa vizinhança” numa
superposição de imagens cujas relações entre si são inexplicáveis verbalmente, mas elas estão
ali: “elas se justapõem por semelhança , uma primeira se junta por presença a
outra, que está próxima; esta a uma outra
com a qual tem certa harmonia, mas que já se distingue da primeira – e assim
vão se distanciando, ou transformando, até surgir algo completamente improvável
de início.”
Os
autores comentam, então, que, as relações entre as imagens são inexplicáveis verbalmente. A imagem é
processada e apresentada por uma lógica iconográfica, que não se subordina à
expressão verbal. Pode ser pensada, consumida e comunicada sem tradução
linguística: homens e macacos reconhecem e reagem a gestos expressivos de
emoções em frações curtíssimas de tempo,
muito menores do que a resposta do verbal.
As
informações acima são muito importantes para nós que estudamos a leitura de
imagens e as relações texto-imagem.
O
historiador também criou a Bliblioteca
Warburg, onde os livros eram organizados pela mesma regra da boa
vizinhança, ou seja, não por ordem alfabética de autores e títulos.
Warburg
define as imagens como porta de entrada da biblioteca, “Warburg expressa a
convicção de que no princípio eram as
imagens”.
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