quarta-feira, 27 de março de 2013

Inclusão Digital- UFSCAR

Ontem, o DCHE - Departamento de Ciências Humanas e Educação do câmpus Sorocaba da UFSCAR realizou um seminário de inclusão digital e lixo eletrônico, que é parte do Projeto de Extensão "+ Telecentros", realizado em parceria com o Ministério das Comunicações. . Gostei da ideia, mas não entendi muito bem- até por que não pude estar lá, infelizmente- como as duas coisas estão relacionadas. De qualquer forma, acho positivo que a universidade discuta a inclusão-exclusão digital, pois precisamos de clareza acadêmica sobre esses conceitos que são utilizados à larga pelos meios de comunicação e de maneira imprecisa ou mesmo tendenciosa. Vou obter mais informações sobre o projeto, com o email da kelen@ufscar.br (conforme li no jornal Cruzeiro do Sul)e depois comento mais.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Idosos e a tecnologia- bom prá que mesmo?

O Cruzeiro do Sul fala hoje sobre o aumento do número de idosos "aderindo" à tecnologia. Mas o que isso significa? Sem ser chato, mas pelo que vi na reportagem e pelo que tenho visto aqui e acolá, significa mais gente fazendo mais do mesmo. Mais Face, mais conversas com parentes e amigos, mas joguinhos... Relacionam usar a internet em oposição a estar parada por causa da aposentadoria. Vão pensando sobre isso, e depois a gente volta a conversar. Podem chamar a vovó e o vovô para dar uma lidinha nessas linhas e pensar junto.

PLIEP- Práticas de Linguagem em diferentes contextos

Gente, que iniciativa legal esse projeto PLIEP, desenvolvido na Faculdade de Letras da UFRJ, com apoio da FAPERJ, e que envolve 3 escolas públicas do Rio. Trata-se de estudar (minicursos, palestras, etc.) e desenvolver projetos (interdisciplinares) de multiletramentos nas escolas públicas. Vejam (assistam) a apresentação: http://www.pliep.pro.br/index.php/apresentacao.html . O site traz também uma boa coleção de textos selecionadas pela professora da Unicamp, Roxane Rojo, e que foram utilizados no minicurso oferecido por ela. Professor(a): vale a pena conhecer o site, o projeto e mais ainda, desenvolver projetos como os mostrados (e disponíveis) no PLIEP em sua escola. Aliás, vale a pena ler também o livro Multiletramentos da Escola, da Roxane Rojo. Os multiletramentos são uma necessidade inadiável. E a escola precisa ser protagonista.

Margens - frases que dão o que pensar

Olha só, que pérolas que eu acho que ouvi e que apresento aqui fora do contexto, em outras apalavras, eu as interpreto e talvez até as reinvente... " A língua culta pode ser como arame farpado - impede." Da excelente apresentação da professora Sandra Luna (UFPB) " O drama como forma de resistência": "Nossa existência é trágica- a vida e a morte não fazem sentido" "A tragédia não é aquilo que acontece ao herói, mas aquilo que acontece por meio do herói." "O sol me descobriu; estou maravilhado". "O mito é o fundador da verdade." " Conflito: embate com a ordem, problematizando a ordem."

Instituto de Verão- Leituras

Gostei muito da sugestão de leitura: livro Cultura de massa e cultura popular: http://books.google.com.br/books/about/Cultura_de_massa_e_cultura_popular.html?hl=pt-BR&id=IwQKAQAAIAAJ . Outra leitura legal que surgiu nas apresentações, foi a de Maurizio Gnerre. Esse blog tem um texto legal que pode aguçar a curiosidade de quem queira ler o livro do Gnerre: "Linguagem, Escrita e Poder - http://mayafelix.blogspot.com.br/2007/10/maurizio-gnerre-1.html . Farei, na próxima postagem, uma seleção de frases que ouvi no Instituto de Verão e que dão o que pensar.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Instituto de Verão do Centro de Pesquisas Margens

Estive, a convite da Anna Bentes, participando do Instituto de Verão, um evento com uma programação muito gostosa e rica sobre "práticas de linguagens, confluências de culturas." Trata-se de um grupo de pesquisadores que desenvolvem pesquisas relacionadas às questões da línguas portuguesa, registros, estilos, fundamentados, inicialmente, no projeto "É ois na fita", relacionado à tese Anna Bentes: http://www.projetonoisnafita.com.br/p/pesquisador-principal-artigos.html. Discutiu-se sobre a oralidade como lugar de tensão e por que não?, de exclusão; sobre o popular como aquilo que vem do povo, e aquilo que é consumido pelo povo. Gostei de: "deixar de ser para ser de novo." E também dessa fala da Anna: "o domínio da gramática não resolve o problema de inserção do sujeito na sociedade." "A linguagem não é uma roupa: não mudamos de linguagem todos os dias." "A linguagem é simbólica e constitutiva dos sujeitos". Em outro post eu faço mais comentários,coloco links interessantes e digo como me encaixo nisso tudo.

O trabalho hoje em dia e a escola que não muda

Li na coluna do Luis Nassif, de hoje, que a CUT está discutindo os impactos das tenologias no mercado de trabalho.Já sabemos: mais trabalho fito por máquinas "inteligentes", mas pessoas obsoletas, mais impessoalidade nas transações. O colunista fala em como será feita a "reciclagem" dos trabalhadores. Esse termo não se aplica a seres humanos! Quem sabe já não somos mesmo ciborgues que ainda não se reconhecem como tal? Bancos, Indústrias e a Receita Federal saíram na frente no uso das tecnologias. Engraçado é ver a escola engatinhando atrás, sem saber se deve entrar nesse mundo, ou se defende os "velhos tempos". Gente, o que pode estar ficando obsoleto é a escola!

Quando a comunidade é o currículo

Li no jornal Cruzeiro de hoje, sobre um projeto muito bacana, envolvendo crianças de 4 e 5 anos e pessoas com até 70 anos: todos resgatando histórias de seus bairros e da cidade de Salto (SP), onde moram para recontá-las em livros que compõem a Coleção Salto - Projeto Meu Primeiro Livro. Iniciativa ousada e atual das professoras Vizotto, Santos e Cardoso. De fato, a comunidade como currículo é uma das formas mais ousadas e convincentes de a escola integrar-se com seu entorno e oferecer um ensino e uma aprendizagem significativas. Um dito popular americano: é necessário uma cidade inteira para educar uma criança". Nós, na Uniso, desenvolvemos, em 2008 um projeto parecido, nos Sabe Tudo, em Sorocaba http://perolavozesqueecoam.blogspot.com.br. Só que fizemos o resgate das histórias dos bairros onde havia Sabe Tudo funcionando na época, cerca de 10, e a produção foi postada em blogs. Também inserimos práticas de multiletramento:os participantes escreveram seus textos com texto verbal, mas também áudio, vídeo e fotos tiradas por eles mesmos. A escola com novos ares.

Facebook: quando curtir é mais que curtir

“Pesquisa revela que “curtir” revela mais do que se quer.” Nenhuma novidade: quando “curtimos” algo no face, falamos sobre nós mesmos. Essa é uma implicatura conversacional. Um amplo conjunto de “curtições” oferece um perfil de quem somos e esses dados servem de referência para ações de marketing, controle ideológico de diversas espécies e, claro, são mais uma forma de borrar os limites entre o público e o privado. Nenhuma novidade: pessoas acabam sempre sabendo quais os restaurantes que preferimos, os itinerários do dia-a-dia. Às vezes, fazem até fofocas, não é? Ou procuram cruzar nossos caminhos habituais... No “curtir”, o que mais me preocupa é o maniqueísmo, a não dialética e a tendência a ser sempre “do bem”, para não manchar a face.